EM DEFESA DO CERRADO
Este projeto nasce da necessidade de reconectar a população brasileira aos desafios de existência que permeiam o Cerrado, bioma ancestral com mais de 45 milhões de anos. Para além da urgência de sua preservação, gerar nas pessoas um sentimento de pertencimento, e até de gratidão, em relação a tudo que este bioma entrega em termos de água e biodiversidade que asseguram a nossa permanência como espécie é necessário. “Me deixe existir” é mais do que um pedido de socorro. É um alerta de que somente em simbiose com a natureza, por mais áspera que ela nos pareça, podemos continuar na terra.

VEREDAS
As palavras do poeta, diplomata e romancista brasileiro João Guimarães Rosa ressalta a magnitude das veredas. Com esta frase, te convidamos a pensar sobre esse subsistema está encravado no coração do Cerrado. As veredas são espaços brejosos ou encharcados que contém nascentes ou cabeceiras. A importância primordial das veredas é o fato de serem regiões produtoras de água e participarem do controle do fluxo do lençol freático.
“São vales de chão argiloso (…), onde aflora a água absorvida. Nas veredas há sempre o buriti. De longe a gente avista os buritis, e já se sabe: lá se encontra água. A vereda é um oásis (…). O capim é verdinho claro, bom. As veredas são sempre férteis. Cheias de animais e pássaros”
– João Guimarães Rosa.
Além de ser um sistema que armazena água, são também, responsáveis pela manutenção e multiplicação da fauna. As veredas possuem uma importância econômica e histórica já que ao longo dos anos, foram determinantes para fixação do homem no campo. Elas estão localizadas em área de proteção permanente, as APPs, não sendo permitida a ocupação humana direta dessas áreas.
Veredas e matas úmidas equivalem a 3 ou 5 % da composição das fitofisionomias do Cerrado. A partir dessa visão, te convidamos a pensar conosco sobre a importância da preservação dessa riqueza natural.
Vamos entender como as veredas operam no contexto do Cerrado? Veja o infográfico ao lado.



RECONECTAR
Este projeto tem como objetivo reacender no imaginário popular a relação com o cerrado, uma relação intrínseca. Uma relação de vida ou morte.
Busca lançar a percepção de que é preciso olhar para essa relação a partir das necessidades de ambos. E esse projeto vem propor uma revisão dessa relação sob a ótica da preservação e da convivência respeitosa.
O Cerrado como um lugar de entendimento e reconexão não apenas entre humanos, mas especialmente, entre humanos e natureza.
“São vales de chão argiloso (…), onde aflora a água absorvida. Nas veredas há sempre o buriti. De longe a gente avista os buritis, e já se sabe: lá se encontra água. A vereda é um oásis (…). O capim é verdinho claro, bom. As veredas são sempre férteis. Cheias de animais e pássaros”
– João Guimarães Rosa.
Me
deixe
cerrado
Existir
Fazer acontecer a conscientização
“Me deixe existir” prevê uma série de ações de comunicação focadas em dar visibilidade às manifestações sociais e culturais nascidas no Cerrado Brasileiro, gerar práticas educativas que elevem esta relação ao patamar de consciência, bem como promover práticas de preservação que incentivem a atenção as questões emergenciais além da regeneração da convivência do ser humano com o bioma.
Nosso principal desejo é gerar um legado de consciência que reverbere na mudança de hábitos não apenas para o Cerrado mas extensiva a todos os demais biomas do nosso país, rico em biodiversidade e carente de preservação e cuidado.
A partir desta primeira ação, um olhar sobre a preservação das veredas, fazer emergir a consciência e o pertencimento que vai gerar uma expansão de consciência ambiental.